Teologia da Libertação e a Igreja Católica: O Que Diz o Catecismo? (Bento XVI - Cardeal Joseph Ratzinger)

Imagine por um instante, um cenário "improvável" (nem tanto), quase teatral: de um lado, um Bispo, fervoroso em sua defesa da Teologia da Libertação, acreditando estar no caminho certo para a salvação dos oprimidos. Do outro, ninguém menos que Satanás, a personificação do caos e da subversão👇    

Teologia da Libertação: Uma Aula Privada com o Tinhoso

(Cena: um escritório escuro, com uma leve penumbra. Um bispo adepto da Teologia da Libertação está sentado, revisando anotações, quando Satanás entra, ajeitando sua gravata com um sorriso sarcástico.)

Satanás: Ah, excelência, que prazer! Fiquei sabendo que andou reinterpretando o Evangelho. Gênio! Transformar Jesus em líder sindical? Inspirador. Confesso que nem eu teria pensado nisso.

Bispo TL: (levanta o olhar, surpreso) Como ousa? Eu apenas busco defender os pobres e lutar contra a opressão.

Satanás: Claro, claro. E nada como dividir o povo entre “opressores” e “oprimidos” para fomentar... paz? Não, espera. Era algo mais quente e caótico, não era?

Bispo TL: (irritado) Não torça minhas palavras! A luta é por justiça, algo que até o Evangelho prega!

Satanás: Ah, sim. Justiça. Só que você esqueceu um detalhe, não? Aquela parte onde Jesus fala sobre amar os inimigos, carregar a cruz e, sabe, não fomentar revoluções baseadas na inveja e no ódio. Mas quem precisa desses detalhes quando se pode "contextualizar" tudo, não é?

Bispo TL: (olha, hesitante) E o que você tem contra dar voz aos marginalizados?

Satanás: Absolutamente nada! Adoro quando as pessoas trocam o Evangelho pela ideologia. Mais luta de classes, menos santidade. Não acha que soa mais... excitante?

Bispo TL: (fecha o caderno, pensativo) Você não entende. A Teologia da Libertação é uma resposta ao sofrimento humano.

Satanás: Ah, sim. Uma resposta que ignora o Evangelho para exaltar a política. Bravo! E o Catecismo, aquele livrinho incômodo? Está convenientemente fechado na prateleira?

Bispo TL: (desvia o olhar)

Satanás: Exatamente o que eu pensei. Continue assim, excelência. Estarei por perto, torcendo por você.

(Satanás desaparece, deixando no ar um rastro de enxofre e dúvida. O bispo olha para o Catecismo na prateleira, mas não se move para abri-lo.)

Representação de um Sacerdode Adepto a TL com a face de Karl Max.

Após esse primeiro choque de realidades, é importante mergulharmos no que, de fato, a Igreja ensina sobre os rumos que a Teologia da Libertação tomou ao longo do tempo. Será que o Catecismo da Igreja Católica aprova suas propostas ou há uma profunda incompatibilidade entre os fundamentos dessa teologia e a mensagem cristã?

A Teologia da Libertação surgiu na América Latina com a grande missão de resolver os dilemas sociais e econômicos dos pobres – ou, pelo menos, foi isso o que disseram. No entanto, suas soluções, repletas de fórmulas revolucionárias e ideológicas, têm causado um rebuliço dentro da Igreja Católica, especialmente quando se afastam dos princípios do Evangelho, como se o plano de Cristo para a humanidade precisasse de um “upgrade” ideológico. E aí surge a grande pergunta: O que será que o Catecismo da Igreja Católica, esse velho e conservador manual, tem a dizer sobre essas inovações? Vamos dar uma olhada na opinião oficial – ou talvez o Catecismo esteja “ultrapassado” demais para lidar com essa questão.

O Centro da Fé: Cristo e Sua Missão Redentora

A Teologia da Libertação veste Jesus com o manto de um líder revolucionário, quase como se Ele empunhasse um estandarte de revoltas sociais. No entanto, o Catecismo da Igreja Católica nos lembra que a missão de Cristo transcende o teatro político e suas urgências efêmeras.

"É por sua obediência até à morte que Jesus realizou a missão expiatória do Servo sofredor, que justifica a multidão, carregando os seus pecados" (CIC 623).

Aqui, Cristo não empunha bandeiras, mas a cruz. Não conclama para barricadas, mas para o sacrifício redentor. Sua revolução não é feita de palavras de ordem, mas de um amor que desarma e de uma graça que restaura.

Jesus não veio propor uma revolução política, mas oferecer a salvação da alma. Como afirma o então Cardeal Joseph Ratzinger (Papa Bento XVI), em sua Instrução sobre a Teologia da Libertação:

“A missão de Jesus não pode ser reduzida a um projeto de ordem econômica, política ou social; esta seria uma traição de sua mensagem.”

Falamos um pouco mais sobre a missão de Jesus em: Demonologia - A Existência do Demônio.  

A Igreja e a Justiça Social: Sem Divisões

Que fique claro!

A Igreja Católica, como uma mãe zelosa, sempre esteve comprometida com a justiça social, mas sem cair no canto da sereia das ideologias que erguem muros entre os filhos de Deus. Longe de alimentar a fogueira da luta de classes, ela busca apagar as chamas da divisão. O Catecismo nos ensina:

"As desigualdades econômicas e sociais excessivas entre os membros ou os povos da única família humana provocam escândalo e se opõem à justiça social, à equidade, à dignidade da pessoa humana e à paz social" (CIC 1938).

No entanto, qualquer esforço pela justiça social deve partir de uma visão integral do ser humano, que vai além das condições materiais. Como explicou São João Paulo II:

“Uma teologia da libertação que ignora a libertação do pecado ou que adota categorias marxistas não pode estar em consonância com o Evangelho.”

Libertação do Pecado: A Raiz da Escravidão

Para a Igreja, a verdadeira libertação é aquela que liberta o homem do pecado, fonte de todas as injustiças. O Catecismo é claro ao afirmar que a redenção em Cristo é a resposta ao sofrimento humano:

"É na Cruz redentora de Cristo que se deve buscar as raízes mais profundas das injustiças sociais e da superação do pecado" (CIC 2415).

O Papa Bento XVI, ao refletir sobre o tema, afirmou:

“A libertação promovida pela Igreja não é apenas econômica ou política, mas a libertação integral do homem, que começa no coração.”

O Catecismo como Porto Seguro

Em tempos de confusão teológica, o Catecismo da Igreja Católica é um guia claro para compreender a fé. Ele nos ensina a agir no mundo com caridade e justiça, sem abrir mão das verdades espirituais.

Como o Catecismo afirma:

“A Igreja proclama o Evangelho, que dá aos homens a força para trabalhar pela justiça, pela paz e pela dignidade de cada ser humano” (CIC 2419).


📢ATENÇÃO👇

Se você chegou até aqui, provavelmente está começando a perceber que estudar o Catecismo não é exatamente um passeio no parque. Mas, e se existisse uma maneira de fazer esse estudo ser mais claro, organizado e até interessante? Não estamos falando de mágica, mas de um cronograma que pode ajudar a transformar esse processo. Curioso? Dê uma olhada e veja se faz sentido para você. Vai que é a chave que faltava para descomplicar tudo.

Roteiro de Estudos do Catecismo - Saiba mais!

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Vídeo Sugerido:05 - Marxismo Cultural e Revolução Cultural: Teologia da Libertação e sua influência na Igreja (Pe Paulo Ricardo).




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