Neste artigo, discutiremos os desdobramentos históricos e atuais, à luz de uma abordagem católica e escatológica, considerando também o risco de uma 3ª Guerra Mundial nos próximos anos.
A História da 3ª Guerra Mundial: Fase Indireta e Atual Cenário
Se entendermos a Terceira Guerra Mundial como um confronto entre as duas maiores potências globais, Estados Unidos e Rússia, podemos dizer que esse conflito já começou, ainda que de forma indireta. Alguns estudiosos apontam que o marco inicial ocorreu em 12 de março de 1999, com a expansão da OTAN para o Leste Europeu, violando os acordos firmados com a antiga União Soviética. Desde então, as tensões aumentaram gradativamente, culminando na atual guerra na Ucrânia.
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| Vladimir Putin |
Recentemente, o presidente russo Vladimir Putin reconheceu que o conflito na Ucrânia deixou de ser meramente regional, adquirindo uma "natureza global". Em discurso proferido no dia 21 de novembro, Putin declarou que ataques com mísseis americanos e britânicos em território russo simbolizam uma escalada preocupante. Ele ressaltou que a Rússia “considera-se no direito de usar suas armas contra instalações militares de países que permitem ataques contra seu território”.
Esse posicionamento formaliza um cenário de guerra indireta que pode, em breve, evoluir para um confronto direto – e possivelmente nuclear.
A 3ª Guerra Mundial e a Bíblia: O Fim dos Tempos?
Para muitos católicos, a guerra na Ucrânia e a escalada das tensões entre Rússia e Estados Unidos são vistas como sinais dos "últimos tempos", mencionados na Bíblia. No Evangelho de Mateus, Jesus nos adverte:
“Ouvireis falar de guerras e rumores de guerras. Olhai, não vos assusteis, pois é necessário que isso aconteça; mas ainda não é o fim” (Mt 24,6).
Esse versículo lembra que guerras e conflitos fazem parte da história humana e não devem ser confundidos imediatamente com o fim do mundo. Contudo, o Catecismo da Igreja Católica alerta para a necessidade de discernimento, especialmente quando tais eventos colocam em risco a sobrevivência da humanidade:
“Por causa dos desastres naturais ou causados pelos homens – guerra, fome, epidemias –, uma parte da humanidade será exterminada” (CIC, n.º 675).
Ainda assim, a Igreja ensina que, mesmo nos momentos de maior escuridão, devemos confiar na Providência Divina. Santos, como Nossa Senhora de Fátima, também nos advertiram sobre o papel do pecado e da conversão no desenrolar dos acontecimentos globais. Segundo a Virgem Maria, "a Rússia espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja".
Cenários Possíveis para a 3ª Guerra Mundial
Os analistas traçam diversos cenários para os próximos desdobramentos:
Cenário de Recusa: A OTAN suspende novos ataques contra o território russo, evitando o confronto direto. Embora pouco provável, esta seria a melhor solução para a preservação da paz.
Cenário de Escalada Controlada: A Ucrânia continua atacando a Rússia com apoio ocidental, enquanto a Rússia responde de forma limitada, atacando bases militares específicas da OTAN.
Cenário de Escala Máxima: A Rússia ataca instalações militares americanas ou europeias, o que pode desencadear uma resposta militar em larga escala. Esse cenário tem grande probabilidade de evoluir para o uso de armas nucleares, com consequências devastadoras para toda a humanidade.
Conforme o alerta de Albert Einstein: “Não sei com que armas será lutada a 3ª Guerra Mundial, mas a 4ª será lutada com paus e pedras”. Esse pensamento reflete o temor de que uma guerra nuclear acabe por destruir boa parte da civilização humana.
E Se Tiver 3ª Guerra Mundial, Como Fica o Brasil?
Caso uma guerra mundial de fato aconteça, o Brasil poderá desempenhar um papel estratégico. Embora geograficamente distante do epicentro do conflito (Europa e Ásia), o país possui recursos naturais valiosos, como água potável, alimentos e minerais, que podem ser alvo de disputas econômicas. Além disso, o Brasil é signatário de acordos com os Estados Unidos, o que o tornaria um aliado indireto no cenário global.
Por outro lado, as consequências econômicas seriam inevitáveis. A interrupção das cadeias globais de suprimentos traria crises alimentares, energéticas e de segurança. Para os católicos, é momento de preparação espiritual e material, buscando viver em estado de graça, confiando na Providência Divina.
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| Exército Brasileiro |
A Abordagem Escatológica Católica
A 3ª Guerra Mundial, se ocorrer, será um evento de dimensões apocalípticas. Não no sentido de "fim do mundo", mas como um marco no cumprimento das profecias bíblicas. O Livro do Apocalipse descreve guerras e destruição como prelúdios para o retorno de Cristo:
“Quando abriu o segundo selo, ouvi o segundo ser vivo dizer: ‘Vem!’ E saiu outro cavalo, um vermelho. Ao seu cavaleiro foi-lhe dado o poder de tirar a paz da terra, para que os homens se matassem uns aos outros; também lhe foi dada uma grande espada” (Ap 6,3-4).
Santos e místicos católicos, como Santa Faustina Kowalska, também relataram visões de uma guerra mundial, pedindo a recitação da Divina Misericórdia como forma de proteção espiritual.
A Igreja, por sua vez, nunca cessa de clamar pela paz. O Catecismo nos lembra da responsabilidade dos cristãos em serem instrumentos de reconciliação:
“Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5,9).
Portanto, mesmo diante do medo e da incerteza, somos chamados a confiar em Deus e a trabalhar pela conversão do mundo.
Conclusão: Preparação Espiritual em Tempos de Guerra
Seja qual for o desfecho das tensões globais, a fé católica nos ensina que a verdadeira paz não está nas mãos dos líderes mundiais, mas em Cristo, o Príncipe da Paz. Mais do que nunca, devemos viver o chamado à conversão, intensificando nossas orações, especialmente o Santo Rosário, como pediu Nossa Senhora em Fátima.
Aos que perguntam se haverá uma 3ª Guerra Mundial em 2024, a resposta é incerta. Mas, como católicos, sabemos que, independentemente do cenário, nossa missão é permanecer fiéis, vivendo os valores do Evangelho e confiando na proteção divina.
Que a Divina Misericórdia nos alcance e que possamos trabalhar, cada um em sua medida, para evitar que os erros do passado se repitam. E, se a guerra vier, que possamos ser instrumentos de amor e esperança no meio das trevas.
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