Com essa postagem iniciaremos uma série de posts com esse tema em forma de curso, baseado no curso do Padre Paulo Ricardo, afim de ajudar aqueles que tem interesse no assunto, abordando a visão da igreja sobre o estudo da demonologia.
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O curso está disponível no site do Padre Paulo Ricardo. Caso queira acesso a todos os áudios e vídeos do curso clique aqui, e assine. Legalmente só posso disponibilizar o áudio da 1 aula. Mas tentarei postar os resumos das aulas seguintes em breve.
Para começar a falar do tema é importante salientar que, para nós católicos, o diabo e seus demônios é uma verdade de fé, ou seja, para aqueles que aderem a fé católica, crer na existência do diabo e seus demônios não é uma opção, uma vez que não é possível se dizer católico sem crer naquilo que a igreja crê e ensina ( que Satanás e seus anjos existem e são atuantes no mundo afim de perder as almas) . Entretanto não há o que temer, estudar os seres demoníacos é uma arma importante para evitar suas ciladas.
No decorrer do curso comentaremos inicialmente sobre a teologia dogmática a cerca do assunto e partiremos para a teologia acético mística, para entendermos a existência do demônio e os diferentes tipos de atuação diabólica, partindo das ações ordinárias, como a tentação, até as extraordinárias, como a obsessão e a possessão.
Tomando o catecismo, numero 391, temos a seguinte citação do IV concílio de Latrão:"Com efeito, o Diabo e outros demônios foram por Deus criados bons em (sua) natureza mas se tornaram maus por sua própria iniciativa". Uma vez que foram criados bons, por iniciativa própria rejeitaram a Deus, assim pecaram de maneira irrevogável, assim, movidos pelo ódio e a inveja, agiram e continuam a agir para a perdição das almas. Até o proprio Cristo, Jesus, foi alvo de tentação.
Catecismo:
A Escritura atesta a influência nefasta daquele que Jesus chama de "homicida desde o princípio" (Jo 8,44) e que até chegou a tentar desviar Jesus da missão recebida do Pai. "Para isto é que o Filho de Deus se manifestou: para desviar as obras do Diabo" (1Jo 3,9). A mais grave dessas obras, devido às suas consequências, foi a sedução mentirosa que induziu o homem a desobedecer a Deus. (CIC 394)
Os sinais que fundamentam a crença na existência de Satanás são encontrada nas escrituras, nos documentos do magistério e da sagrada tradição, de forma que, sobre esses 3 pilares, não há como negar que tal crença faz parte da fé católica.
No livro de Padre José Antonio Sayés "Demônio: Realidade ou mito?" (Livro base desta aula) levanta um questionamento sobre a desproporcionalidade existente entre o novo e o velho testamento quando a referência a existência dos demônios, uma vez que no novo testamento se fala inúmeras vezes, e no antigo pouco se fala. Tal fato deve-se a natureza pedagógica das sagradas escrituras, seguindo um roteiro em que primeiramente o povo de Israel é levado a aceitar Deus como seu criador, onde Ele faz uma aliança com Abraão (Ex 20,3), instruindo o povo a compreender que não existem outros deuses alem dEle e por meio dos profetas inicia-se uma luta para livrar o povo de Israel da idolatria.
O livro pode ser comprado no link abaixo:
Quando o povo de israel "aceitou" que Deus era o criador, e que tudo foi criado por Ele, entendeu que o Diabo e seus demônios também são criaturas, e aparecem as primeiras referências nos escritos sapiências.
Escritos Sapiências:(Jó ou , Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Sabedoria e Eclesiástico. Foram escritos, em sua maioria, em linguagem poética, fazendo uso de metáforas, e têm um caráter de ensinamento para alcançar a sabedoria).
Entretanto, quando Jesus veio, nem todo o povo acreditava na existência do demônio, mas Jesus conhecia sua existência. Segundo padre Antonio Sayés é possível comprovar essa afirmação seguindo os seguintes critérios:
- 1º Múltipla Atestação: São inúmeras as referencias existentes nos evangelhos que narram a ação de Jesus contra os demônios.
- 2º A descontinuidade: O povo de Israel esperava um libertador político, entretanto Jesus não travou uma batalha contra os romanos para libertar Israel, e sim contra o Diabo e seus demônios, de forma que não se entende o plano de salvação de Jesus sem crer na real batalha contra o Diabo e seus demônios, o que nos leva ao 3º ponto ( Segundo Joaquim Jeremias, exegeta protestante, as 3 tentações sofridas por Jesus no deserto podem referir-se a tentação de Cristo tornar-se um lider politico).
- 3º A identidade de Jesus.
Jesus em todo seu ministério sempre afirmou a existência do reino dos céus e que seu inimigo era Satanás e não Cezar. É interessante observar a passagem narrada nos evangelhos de Marcos, Lucas e Mateus, em que Jesus é acusado de expulsar os demônios por Belzebu, Jesus no momento dessa acusação poderia ter simplesmente dito que não o fazia por Belzebu por que ele não existia, mas em vez disso Jesus diz :
Mas uma vez vemos a múltipla atestação. Visto que o texto é narrado por 3 evangelhos, não resta duvida que trata-se de um fato histórico.
O terceiro ponto citado por padre Antonio Sayés é a identidade. Jesus veio para livrar o homem do pecado, da morte e do Diabo. Esta realidade é tão presente no Novo Testamento que, se for retirada, tudo perde seu sentido. É por isso que se constitui quase que uma traição ao Evangelho a tendência moderna de desmitologização do Novo Testamento encarnada por Rudolf Bultmann. Crer que Jesus Cristo não combateu a Satanás e seus demônios é crer num Jesus diferente daquele narrado nos Evangelhos. Falar de Satanás e de seus demônios implica antes e principalmente falar da salvação comprada ao preço do precioso Sangue de Nosso Senhor Jesus na cruz.
"Todo reino dividido contra si mesmo acaba em ruína e nenhuma cidade ou casa dividida contra si mesma poderá subsistir. Ora, se Satanás expulsa a Satanás, está dividido contra si mesmo. Como, então, poderá subsistir seu reinado? Se eu expulso os demônios por Beelzebu, por quem os expulsam os vossos adeptos? Por isso, eles mesmos serão os vossos juízes. Mas se é pelo Espírito de Deus que eu expulso os demônios, então o Reino de Deus já chegou a vós. (12,22-28)"
Mas uma vez vemos a múltipla atestação. Visto que o texto é narrado por 3 evangelhos, não resta duvida que trata-se de um fato histórico.
O terceiro ponto citado por padre Antonio Sayés é a identidade. Jesus veio para livrar o homem do pecado, da morte e do Diabo. Esta realidade é tão presente no Novo Testamento que, se for retirada, tudo perde seu sentido. É por isso que se constitui quase que uma traição ao Evangelho a tendência moderna de desmitologização do Novo Testamento encarnada por Rudolf Bultmann. Crer que Jesus Cristo não combateu a Satanás e seus demônios é crer num Jesus diferente daquele narrado nos Evangelhos. Falar de Satanás e de seus demônios implica antes e principalmente falar da salvação comprada ao preço do precioso Sangue de Nosso Senhor Jesus na cruz.
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